A
leitora Moniza pergunta:
Caro Prof. Angueth,
"Quanto tenho vivido? Como vivi?
Quanto posso viver? Como é bem que viva?"
Estou um pouco confusa sobre os
quatro pontos que o Padre Antônio Vieira pede que levemos em consideração todos
os dias poderia me explicar o significado de cada uma dessas perguntas? Como
devo pensar e meditar cada uma delas?
Cara
Moniza,
Salve
Maria!
Quem
sou eu para comentar Pe. Vieira! Preciso lê-lo todo ainda, principalmente seus
30 sermões sobre o Rosário, dos quais li só o primeiro.
Mas
essas quatro perguntas fundamentam o que se chama o "exame de
consciência" que todo católico deve fazer todos os dias da vida, além da
meditação da própria morte. Aliás, este sermão nada mais é que uma grande
meditação sobre nossa própria morte. As quatro perguntas podem ser resumidas
numa só: o que tenho feito de minha vida e o que terei para mostrar quando, morto,
passar pelo Julgamento Particular, na presença do Altíssimo, cara a cara com
Ele. Temor e tremor, estes são os sentimentos de quem vive à espera de tão
momentoso encontro.
Como
diz Bernanos: "Mas qual é o peso de nossas chances, para nós que
aceitamos, de uma vez por todas, a assustadora presença do divino em cada
instante de nossas pobres vidas?"
Essa
é a situação precária que todo católico vive. Com a virtude da Esperança sempre
presente, mas com a presença das três concupiscências a nos desviar sempre de
nosso maior objetivo. Somos pó e tudo que há de bom em nós vem de Deus. A única
coisa que produzimos por nós mesmos é o pecado. Eis a precariedade de nossa
situação.
Ad
Iesum per Mariam.
Um comentário:
Obrigada Professor Angueth!
Seu blog sempre foi um grande apoio à todos os que procuram se unir verdadeiramente ao Catolicismo.
Abraços!
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