Aprendi com Olavo de Carvalho, entre outras muitíssimas
coisas, que os debatedores idiotas mostram sua idiotice no momento em que abrem
a boca. Seu conselho é: leia-os com atenção, com respeito, e depois é só seguir
os seus raciocínios para descobrir as inconsistências abundantes no que
escrevem, falam e gritam. Em geral, não sabem escrever, nem falar; e se gritam,
bem, aí não dá para escutar.
Escrevi um post
sobre a frutose, não a substância em si, mas sobre o uso de pesquisas ditas
científicas para enganar e gerar políticas restritivas que geralmente atingem
os tais industriais capitalistas, cujo único objetivo é destruir a humanidade,
como todos sabem.
Bem, depois da história, a área mais repleta desses
ideólogos travestidos de cientistas é a nutrição (inclui-se aqui a busca de substâncias
maléficas à saúde e a tal de epidemiologia, que serve tão bem ao mal uso que
dela fazem). Se quiserem ter uma ideia da coisa, há um estudo
muito bom sobre isso aqui.
Pois é, mas um leitor me envia o seguinte comentário ao post
da frutose:
Nessa vc podia ficar
calado, não tem conhecimento de nutrição para falar essas coisas. Sim, a
frutose aumenta a glicose no sangue, liberando insulina, e assim aumentando a
massa gorda (até mais que a gordura saturada).
O “nessa vc podia ficar calado”, na verdade o correto é “nesta”,
o leitor prova de imediato que não leu o que escrevi e que está usando o
argumento “ad hominem”, como fazem os que não sabem e não podem discutir. O
indivíduo quis dizer que como, ele pensa, não entendo nada de nutrição, eu
deveria ficar calado, vendo os cientificistas nos enganarem. No post, eu não
discuto a ciência da bioquímica (pois nutrição não é ciência), mas o uso
indevido que dela fazem alguns. A isso o indigitado não responde e ainda por
cima pretende me dar uma aula de bioquímica. Eu pergunto, o que tem isso a ver
com o que eu escrevi? Significa que o comentarista apoia o estudo e suas
conclusões? Afirma que é possível tirar tanta conclusão estatística com a
mirrada amostragem estudada? Aviso ao bobão: de estatística eu entendo um
pouquinho. Aliás, recomendo fortemente aos interessados a leitura do extraordinário
livro How
to lie with estatistics. Voltando ao assunto: será que o rapaz (ou garota)
que não sabe ler está afirmando que devemos limitar o uso da frutose em
alimentos industrializados?
Tudo isso fica como conjectura, pois o espertinho quis mesmo
foi atacar minha presumível ignorância a respeito da bioquímica de alimentos,
da qual nada comentei e da qual, devo dar razão a ele, não entendo nada.
São assim os militantes anti-qualquer coisa; como não têm
argumentos, usam o velho esquema da erística de Schopenhauer, da qual, devo
dizer novamente, conheço alguma coisinha.
Um comentário:
Prezado Prof. Angueth,.
Bem, a frutose é melhor que a sacarose?
Se frutose não serve, o que sobra?
Poderemos beber água, ou também faz mal à saúde?
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