22/10/2014

A história do Sínodo.

Ainda demorará certo tempo para que toda a história do Sínodo da Família seja contada em seus mais mínimos detalhes. Mais alguma coisa já pode ser dita.
 
1. Que houve a tentativa de um golpe modernista, com a divulgação da versão preliminar do Relatio. Os modernistas esperavam o aplauso da mídia secular, atéia, materialista, gaysista, etc. Eles estava certos. Os aplausos vieram e em grande estilo.
 
2. Nos dias seguintes, e isso os modernistas não esperavam, houve a reação da mídia católica conservadora, que não só analisou a versão preliminar como qualquer fiel católico deveria fazer, mas também deu voz aos bispos menos modernistas do Sínodo. Além disso, ela estava presente nas audiências públicas dos bispos e lhes faziam perguntas diretas, ao modo católico de arguir; quase nunca obtinham respostas católicas. Começou a se organizar, assim, um movimento de repúdio ao documento. Os modernistas, que não contavam com isso, ficaram atônitos. A própria mídia secular se espantou com a organização dos fiéis católicos. Começaram a se perguntar: quem são vocês, seres estranhos que defendem valores católicos tradicionais? Vocês nunca apareciam por aqui, por que agora?
 
3. Depois de uma cobrança pública do Cardeal Burke, alto prelado no Vaticano, as coisas começaram a esquentar e graças a Deus, houve, ao que tudo indica, uma interferência direta do Papa, e coisas importantíssimas aconteceram: o documento definitivo do Sínodo foi distribuído aos órgãos de imprensa, juntamente com o pronunciamento do Papa Francisco; cada parágrafo do documento foi votado em separado, e os números de cada votação foram tornados públicos.
 
O conluio de modernistas com a imprensa secular, que garantiu o sucesso do Concílio Vaticano II, parece ter encontrado resistência agora. O "show de mídia" parece ter sido contrabalançado. Os fiéis católicos, através de uma mídia que cresceu ao longo dos anos, usando a seu favor a tecnologia, conseguiram verbalizar o escândalo que estava por acontecer. Fossemos assim organizados na década de 1960 e, talvez, a tragédia do Vaticano II não tivesse acontecido.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns professor pela análise, já fazem alguns anos que acompanho seu blog.Alex Ribeiro Jeronimo