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Caro professor, Salve Maria Santíssima.
Gostaria de lhe mostrar uma afirmação do Pe. José Funes,, diretor do Observatório do Vaticano, a respeito do evolucionismo. A notícia já deve ser de longa data.
“FUNES: Não sou biólogo, e sim astrônomo, mas posso dizer que do ponto de vista da ciência a evolução está comprovada. Na opinião da Igreja, não há oposição entre a criação e a evolução. Assim como no caso do Big Bang, são linguagens diferentes. Não podemos ler a Bíblia literalmente e isso está claro para a Igreja Católica. Ninguém na Igreja faria isso. E temos evidências da ciência de que a evolução existe. Assim como a vida, o Universo também evolui. Nos próprios processos físicos há evolução das galáxias, das estrelas, então a idéia da evolução é bem compreendida por nós.”
Como que o superior do Observatório do Vaticano pode afirmar temerariamente que "do ponto de vista da ciência, a evolução está comprovada"?
Abraço, caríssimo professor.
Que Deus o abençoe.
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Pois então, Fábio, este padre confunde mudança com evolução. Ele parece, pela notícia, ser também um astrônomo bem modesto. O que ele quer dizer é que os astrônomos observam que as galáxias e as estrelas mudam, se alteram com o passar do tempo. Ou seja, do Big Bang para cá, muita coisa mudou. Mas isso não é novidade para ninguém e é uma afirmação bastante pueril.
A lei geral que trouxe o universo do Big Bang para cá é a segunda lei da termodinâmica, que prevê o fim deste mesmo universo. Tal é a evolução que podemos esperar, que só pode agradar a budistas que anseiam pelo Nirvana, ou seja o nada, o aniquilamente do ser. Talvez Pe. Funes precise ler um livro de outro astrônomo, este um grande cientista, Robert Jastrow: God and the Astronomers.
Outra coisa que ele precisa saber é que a discussão das interpretações da Bíblia é assunto não só complexo como já antigo de muitos séculos. Nenhum católico desconhece que a interpretação literal da Bíblia é uma das interpretações possíveis, mas não a única. Aí este padre talvez pudesse ler Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino.
A lei geral que trouxe o universo do Big Bang para cá é a segunda lei da termodinâmica, que prevê o fim deste mesmo universo. Tal é a evolução que podemos esperar, que só pode agradar a budistas que anseiam pelo Nirvana, ou seja o nada, o aniquilamente do ser. Talvez Pe. Funes precise ler um livro de outro astrônomo, este um grande cientista, Robert Jastrow: God and the Astronomers.
Outra coisa que ele precisa saber é que a discussão das interpretações da Bíblia é assunto não só complexo como já antigo de muitos séculos. Nenhum católico desconhece que a interpretação literal da Bíblia é uma das interpretações possíveis, mas não a única. Aí este padre talvez pudesse ler Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino.
Mas para saber mesmo a posição da Igreja sobre toda essa questão de evolução, é indispensável ler The Theory of Evolution Judged by Reason and Faith, do Cardeal Ernesto Ruffini.
Como você vê, Pe. Funes é mesmo pior que o Funes borgeano, que pelo menos tinha uma boa memória. Tal como muitos padres atualmente, Pe. Funes faria melhor se ficasse calado.
Muito em breve o blog publicará um extraordinário texto de George Gilder intitulado Evolution and Me. Vocês não perdem por esperar.