25/01/2011

Nascido protestante (por isso não posso ser chamado de herege)

Esta é a identificação de um leitor, por enquanto anônimo, que me pediu recentemente sugestões de leituras católicas. Ele ainda usa outra identificação: Protestante por nascimento (não sou culpado!).

Bem, o fato de ter nascido protestante (ou espírita, ou ateu, ou ….) não levará ninguém ao inferno, claro. Deus cobrará o que fizemos durante a vida. Uma ignorância invencível (acerca das verdades da Fé católica) também não levará ao inferno. Mas uma ignorância culpável, esta sim levará ao inferno. Sobre estes conceitos ver artigos do ContraImpugnantes.

Se você, caro leitor nascido protestante, conhece o catolicismo, como parece ser o caso, não poderá alegar ignorância invencível (ou o fato de ter nascido protestante) no Juizo Final. Portanto, enquanto ainda há tempo, converta-se à Religião Verdadeira, rompa com os laços religiosos de seu nascimento, para o bem de sua própria alma.

O protestantismo é uma heresia do catolicismo (por isto que lhe sugeri ler “As Grandes Heresias”, de Belloc). Enquanto for protestante, você será um herege, por definição.

Continue as suas leituras e assuma a responsabilidade pela sua própria salvação; não use nenhuma desculpa. Rezo por você.

14 comentários:

Anônimo disse...

Professor,

Eu não disse que conheço o catolicismo. É por isso que pedi bibliografia clássica e segura, pois fiquei sabendo, por este Blog, que os católicos estão divididos.

Quando os próprios católicos demonstram desconhecer o catolicismo, e alguns chegam mesmo a questionar os Papas João Paulo II e Bento XVI, como poderia eu, um protestante nato, conhecê-lo?

Por outro lado, ainda que eu estude muito, talvez eu nunca consiga conhecer o suficiente para responsabilizar-me por minha salvação. Aprendi que ela se dá pela Graça.

Um Protestante de Mente Aberta

Ana Souza disse...

Acho que n vai em nada. Já é santo por nascimento...

Anônimo disse...

"Acho que n vai em nada. Já é santo por nascimento..."

Este não é o comentário de um católico que conhece e pratique sua religião. Nem de um protestante que tem fé e pratica a pieddade.

O que sobra para a identidade da Ana Maria?

Rodney disse...

Prezado professor,
Salve Maria!

Conheci a pouco seu blog e já estou gostando...
Parabéns pela iniciativa de nos manter entretidos com seus belos textos e temas interessantes.
Quantos às traduções, o senhor já fez ou conhece alguma análise da tradução do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SS. VIRGEM de São Luis Montfort, editado pela editora VOZES?
Tenho receio de que ela também esteja com alguma modificação de linguagem introduzida pelos modernistas.
Fique com Deus e a Virgem Maria,

Rodney

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Rodney,

Deus lhe pague pelas pelavras acerca do blog.

Eu tenho o exemplar da 35a. edição do TRATADO, da Editora Vozes. Se eles não mudaram o texto nas edições mais novas, ele é da década de 1930 e assim um texto minimamente confiável. Lendo-o, eu não notei nada de estranho.

Em JMJ.

Rodney disse...

Obrigado professor!

Eu também tenho esta edição 35a.
Mas como as obras católicas - em sua maioria - estão infestadas de heresias, fiquei com receio de que o Tratado também estivesse. Li-o várias vezes e não percebi nada, mas não custa perguntar ao sr. que tem conhecimento de causa.

Rodney

manoel carlos disse...

Anghet um dos Jornais da mídia Pernambucana fez um editorial homenageando o atual Arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido, o mesmo que começou dizendo que aborto pode!(dependendo do caso).
Vou postá-lo aqui para analise sua e de outros.Vejam as comparações:


EDITORIAL -
O arcebispo de Olinda e Recife


A população do Recife, Olinda e do interior do Estado vem demonstrando simpatia e aplauso pela atuação de dom Antônio Fernando Saburido, nas funções de arcebispo das duas grandes cidades pernambucanas. Sua presença e procedimento ecumênico são uma característica que o distingue como principal representante da Igreja Católica entre nós, independentemente de confissão religiosa, tantas são as não-católicas, inúmeras merecedoras, igualmente, respeito.


O círculo de pessoas que o conhecem bem afirma se tratar de uma grande vocação missionária, capaz de manter a chama viva da espiritualidade, pela ligação permanente que mantém com Deus na condição de contumaz praticante de orações.



Ao tomar posse, na presença de milhares de católicos, disse que a Arquidiocese estaria aberta a todos, elaborando uma pastoral de acordo com o seu estilo pessoal. Não quis se diferenciar do antecessor, de temperamento mais reservado, num gesto que somente o engrandeceu, reconhecendo, ao mesmo tempo, que todos têm o direito de agir de acordo com a sua consciência.



O novo arcebispo já visto como uma pessoa acessível, simples, comunicativo e preocupado com a questão social, condições que lhe eram inerentes desde quando ordenado bispo há nove anos.



Trata-se de um verdadeiro pastor. Discreto e eficiente, sabendo se conduzir com o equilíbrio dos justos. Dom Antônio Fernando Saburido iniciou a carreira religiosa ao se ordenar padre em 1978. Formou-se em teologia e filosofia no Mosteiro de São Bento de Olinda, tendo assumido a presidência da CNBB até 2005, vindo, em seguida, a ser bispo diocesano do Município de Sobral, no Ceará.



Intransigente defensor da vida em todas as suas circunstâncias, o novo arcebispo critica as disputas religiosas e, com rigor, “as igrejas que pregam a teologia da retribuição, você dá e Deus devolve”. Para ele, Deus não é isso. Deus é amor. “O que deve ser pregado é a prosperidade espiritual e não a econômica”, numa referência implícita



a outras confissões religiosas que assim se conduzem.



Com ênfase, ressaltou que a Igreja Católica não discrimina ninguém à qual todos são bem-vindos. Homossexuais, prostitutas, qualquer pessoa que esteja numa situação aparentemente difícil, têm guarida. Buscamos a conversão e, por isso mesmo, somos contrários a discriminações, salientando que “na verdade, o que é importante é a defesa da vida”. O Recife e Olinda têm, portanto, o arcebispo que merecem.

Anônimo disse...

Verdadeira Religião...

rsrs Tal como os farizeus afirmavam serem adeptos?

A verdadeira religião está em cuidar dos orfãos e amparar as viúvas. Isso conforme seu proprio livro sagrado.

(gente cheia de certeza é um perigo!)

Anônimo disse...

Ora, ser herético aos olhos do catolicismo é um privilégio! Afinal, o catolicismo é uma crença que nega a Cristo o posto de único mediador entre Deus e os homens, e nega a Deus a exclusividade na adoração.

Não gosto de embates com qualquer segmento cristão, pois creio que em todos eles podem haver pessoas verdadeiramente convertidas a Cristo, o único Senhor e Salvador. Mas, infelizmente, ler esse "Religião Verdadeira" chegou a dar dor de cabeça.

É triste ver que, passados dois mil anos, ainda há grupos ditos "cristãos" que vinculam a Salvação à associação a alguma vertente religiosa e não ao sangue de Cristo. Salvação esta que vem mediante a fé, pela Graça, como dom de Deus, desvinculada de obras, para que ninguém se glorie.

Ass.:

Outro anônimo

Bruno Luís Santana disse...

Tenho uma dúvida, aproveitando o assunto.

Uma pessoa nascida no protestantismo e convertida à Fé Católica, que se dirige a um padre da Tradição e adere à Fé Católica sem os enganos conciliares, essa pessoa protestante de nascimento e batismo precisaria fazer uma abjuração pública, como fizeram os suecos ex-luteranos, há poucos anos atrás, na Igreja de Saint Nicholas du Chardonnet?

Anônimo disse...

Caro professor,

Acompanho regularmente seu blog. Tive a oportunidade de deixar comentários e sempre obtive a postagem dela e sua respectiva resposta. Hoje, gostaria apenas de deixar meu desejo de que melhore logo de sua queda.

Um grande abraço e que Deus te ilumine!

Leonardo

Ana Souza disse...

Anônimo falando em identidade kkkkk

Daniel Coelho disse...

Prof. é com muito respeito que entro neste espaço e peço que comente sua posição sobre as 5 Solas do protestantismo. Sou protestante convicto e entendo meu alinhamento religioso não o único capaz de salvação, ele não é! Nem o catolicismo é. Entendo a graça de Deus, independentemente de quaisquer esforços humanos, a única responsável pela salvação do crente em Cristo Jesus. Peço para que o senhor comente pois mesmo sendo contrário a maioria das suas posturas sigo o blog por causa das traduções que o senhor faz de C.S. Lewis e Chersterton (muito boas por sinal! E sou grato por esse trabalho). Voltando, quero que comente as cinco solas, e para quem não sabe o que são recomendo a leitura deste pequeno texto Também sou historiador, formado pela UFMG, e conheço bem os desdobramentos desses princípios. Sem querer ser desrespeitoso ao pedir isso neste espaço visivelmente católico, estando certo da posição de Santo Agostinho que compreendia uma Igreja Invisivel e que, pela graça de Deus somente (sola gratia) não dependeriamos de absolutamente nada para a salvação, nem catolicismo nem protestantismo, nem judaismo... Quero muito que o senhor comente. E peço também para que o senhor dê um pouco mais de atenção aos escritos dos reformadores e de sua construção lógica. A Reforma foi uma ressurgência ao meu ver, algo do qual o cristianismo era carente e que, como tudo guiado por homens, tropeçou por diversas vezes. Assim como os católicos. Vamos lá, comente as cinco solas (principalmente o Sola Gratia e o Solus Christus). Grande abraço. De um protestante convicto que respeita muito o senhor.

Anônimo disse...

Solas!?

Cinco solas? Isso não foi uma declaração em tempos de guerra?

A Igreja Católica incorporou erros. Mas, os protestantes estavam exaltados a ponto de confundir as coisas. Todos muito bem intencionados, por isso perdoados; exceto se continuarem com a guerrinha de irmãos ciumentos.

Exemplo de Confusão
Sola Fide

Todos, ao descreverem o que significa, em sua essência, concordam quanto à coisa em si, mas não chegam a um acordo sobre que nome lhe dar.

Obras não salvam. Fé pura, sem obras, é sinal de falta de fé. Portanto, Sola Fide poderia ser válido para combater os excessos da época que, por sinal, segundo R. C. Sproul, não eram endossados pela Igreja Católica.

Hoje, sabemos que o mundo vive, corporalmente, de obras. Estas, por sua vez, nada têm a ver com salvação do espirito. Porém, se são necessárias ao organismo vivo, este criado por Deus, como negar sua necessidade?

Pode ser até que uma obra, que não salva, sendo feita por caridade(espiritas), tenha valor diante de Deus, mais do que a certeza teórica protetante sobre o Sola Fide, que se transforma em pura despulpa para não se fazer nada.

Precisamos de outros termos para o diálogo civilizado.

Sou de Cristo, não de Paulo ou de Pedro
Sou Católico, e Protesto, mas não sou Romano, nem Protestante.