12/10/2019

Católicos e cristãos


O termo cristão foi criado pelos católicos, logo depois da Redenção, para aqueles que eram seguidores de Cristo. Até a revolta de Lutero, nunca houve nenhuma diferença entre os termos cristão e católico; eram sinônimos. Mas depois de 1517, há diferenças abissais entre os dois termos. Cristão foi apropriado pelos protestadores da autoridade Papal; como se fosse possível ser cristão sem a autoridade do Papa.

Hoje, no Brasil, há uma espécie de aliança política entre cristãos e católicos, pelo "bem do Brasil". Essa aliança não significa mais que um ajuntamento político de pessoas, ditas de direita, que entraram na luta pelos corações dos brasileiros. Essa aliança, embora apenas de cunho político imediato, é vendida como uma espécie de reconstrução da Civilização Ocidental. É vendida também como um resgate do destino do povo brasileiro que sempre, supostamente, teria sido cristão. 

Ora, o brasileiro é obra do catolicismo. Não foram protestantes que fundaram o Brasil; foi o reino católico de Portugal. Quem nos educou e converteu foi a Companhia de Jesus; não foram Calvino e Lutero, não foram pastores protestantes. Aliás, quem criou a tal Civilização Ocidental foi a Igreja Católica. Se fosse para apontar um indivíduo, uma ordem monástica, que realizou tal criação, não hesitaria em apontar São Bento, o Patrono da Europa, e sua ordem como os criadores de tal civilização. Quem regulou a criação da Civilização Ocidental foi a Regra Monástica de São Bento, suas 73 regras. Mas hoje, no Brasil, fazem sucesso as 12 regras para a vida, de um certo Jordan Peterson. 

Hoje vemos católicos e protestantes de mãos dadas para o "bem do Brasil". O bem maior de Brasil é permanecer (voltar a ser) tão católico quanto foi no início. Voltar à devoção de seus patronos; primeiro São Pedro de Alcântara, depois Nossa Senhora Aparecida. O bem maior do Brasil é deixar de ser cristão e se tornar (voltar a ser) católico, sob o papado da Igreja, sob o Reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, e não sob qualquer pastorzinho de YouTube ou do Congresso Nacional. 

Lembremos da máxima de Hilaire Belloc: não existe cristianismo, só existem a Igreja e seus inimigos. 

Que Nossa Senhora Aparecida, em seu dia de festa, nos proteja a todos!

3 comentários:

Verginia Benedectto disse...

Prof.Angueth, EXCELENTE ARTIGO = a Historia é a mestra da vida = que maravilha quando os FATOS são apresentados exatamente como ocorreram = SIM ! Viva São Pedro de Alcântara e Nossa Senhora Aparecida !! Viva o TRADICIONALISMO !! Viva a DIREITA !! Viva SAN BENEDETTO, Patrono da Europa ! Verginia Benedectto SP 14 out 10:53h

Anônimo disse...

Prezado professor

O amigo está corretíssimo e cada linha de seu texto expressa esta verdade inquestionável.
Mas entretanto contudo porém... estamos vivendo os tempo do papa fraquíssimo. Hoje o grande inimigo do Brasil é o socialismo. Então, após derrotarmos o socialismo (que não será derrotado sem o auxílio de Nosso Senhor Jesus Cristo) só então poderemos reevangelizar o Brasil e o mundo ( e talvez até o papa se ainda for este cujos nossos pecados fizeram por merecer). Tudo isto acontecerá no tempo de Deus, pois no fim o Imaculado Coração de Maria triunfará e as portas do inferno jamais prevalecerão. Mas talvez não tenhamos a possibilidade de gozar destas bem-aventuranças neste mundo.

Continue escrevendo professor.

E que Deus continue lhe abençoando.

Carlos Soares disse...

Prezado Professor,

Salve Maria!

Certa vez ouvi, não sei onde, a frase: "no futuro, os deuses dos homens serão outros homens". Essa menção do Jordan Peterson no seus textos foi ótima. Nunca vi o Prof. Olavo de Carvalho ditar regra nenhuma pra ninguém. Eu tenho um amigo protestante que vive dizendo que a Tradição é a forma que os católicos tem de alterar o sentido das Escrituras. Ora, é no protestantismo que encontramos a liberdade de interpretação bíblica uma vez que não existe a unicidade papal.