Recebo de um leitor um belo texto pré-eleitoral. Que todos fiquem atentos.
Por Marcos Paulo
Vitória de Santo Antão-PE
Aproximam-se as eleições e, com estas também excomunhões.
Milhares! Milhões! Eleições e excomunhões são como vasos comunicantes. São como
a comida que se ingere e o bolor fecal que se expele. Para alguns, os
"efeitos eleitorais" se encerram após uma rapidíssima contagem secreta
de votos por um avançado sotfware. Quem ganhou, sorri, quem perdeu chora. O que
ri, sorri, pois, terá quatro ou cinco anos de sinecura moral, intelectual e
financeira pela frente - não necessariamente nessa ordem, nem tampouco só
estas-, também por que é certo que neste interregno temporal virara
"doutor" e "excelência". O choroso perdedor chora. Chora
porque perdeu tudo aquilo que foi dito acima. Quem ganhou chora, também. Chora
aquele "choro teomaníaco", aquele choro de alegria de se sentir um
eleito, escolhido pelo próprio Deus para retificar a sociedade de cima abaixo
Chorume! São lágrimas de chorume, as de ambos.
No entanto, para um sujeito mais curioso, para um cabra que
não "abandone os fatos à superfície", os efeitos eleitorais -
preponderantemente deletérios - não se restringem só no prestígio perdido e ou
na frustração psicológica. Há um dano maior do que estes, invisível é verdade;
indolor com certeza - ao menos momentaneamente - mas devastador quando
viver-se-á em um "local" onde o movimento não será contado por meio
dos ponteiros de um relógio analógico nem tampouco pelos saltos quânticos do
"césio". Estou falando da eternidade. Eternidade: "temor e
tremor".
Todo este nariz de cera acima foi utilizado por mim para
dizer que um Católico Apostólico Romano não pode votar em certas siglas
políticas que defendam, mesmo que em doses hahnemannianas, aquilo que a Santa
Igreja pontifica serem danosas para a salvação das almas. Salvação das almas!
Quanto tempo não se fala disso nas igrejas, nas campanhas da fraternidade, nos
encontros do clero: "Salus animarum suprema lex est!"
Deve, o Católico, prestar atenção às sopinhas de letras que
componhem certas candidaturas para não incorrer na pena da "excomunhão latae sententae". "Ah!, mas eu
não voto no partido, voto no candidato", dirá um desses experts em
bolinhas de sabão. Estoure sua bolhinha meu filho, não há candidaturas
individuais em nosso regime. Não há o partido do eu sozinho. No mais,
"quem casa com a moça, casa com a família inteira", diz o ditado.
"O padre lá da minha paróquia me disse que a CNBB disse
que devemos votar sempre tendo em vista a "opção preferencial pelos
pobres", diz o obediente católico. Caro paroquiano plagiando e adaptando a
Peppa Pig, eu te digo: paroquiano bobinho! A autoridade da CNBB em
assuntos teológicos é menor do que a de um segurança de prostíbulos. A CNBB é
um mero sindicato. Teologicamente não é nada. Ah, é sim, uma pedra de tropeço
na vida da grande maioria dos católicos que não tendo tempo para se instruírem,
tempo para ler certa leitura especializada, acreditam, o que não deveria ser
diferente, integralmente no que diz o seu pároco na missa dominical. Sabia-se
que no próximo domingo, na próxima missa o padre nos diria A VERDADE:
"Aquela beleza tão antiga e tão nova" da qual falava Santo Agostinho.
Hoje em dia... "Missas" quase não há mais...
Algum enfezadinho já deve estar me rotulando de "blasfemo",
"herético", "caluniador" ou filho de mulher de má fama. Sou
um pobre miserável, pois não. Mas não é por não ter a capacidade de ser um bom
cristão - essa graça Deus já lha deu-me, eu é que sou tíbio mesmo - que vou me
calarei diante de certas omissões que custam uma alma.
Padres, bispos e Papa não devem militar em favor de político
ou sigla alguma. Mas tem sim, o dever irrecusável de dizer quais são os
partidos e políticos que conspiram contra os valores católicos sob pena de eles
mesmos estarem excomungados.
"Mas que violência", dirão alguns; "que
desrespeitoso" dirão outros; "Ele não sabe "dialogar", dirá
o dialogador defensor de totalitarismos; "É um conservador
ultra-direitista", dirão os geógrafos do espectro político. Não precisam
ir tão longe. Eu mesmo me defino: sou um mau católico, um pecador consciente e
que só não irei para o inferno pela intercessão da Sempre Santíssima Virgem Maria
e pela piedade Divina, da Qual tanto abuso. Mas não sou eleitor de abortista,
comunista, socialista, anarquista, liberal, de defensores de direitos animais e
coisas do tipo.
Um pouco de CNBB. Esse negócio foi uma invenção do senhor
Helder Câmara, Padre e Bispo (estes títulos não se podem retirar dele, pois,
são Digitus Dei). Como dele, também, foi a invenção de um tal
"Pacto das Catacumbas". Ele, o dom Helder, juntou-se com mais umas
três dezenas de bispos de todos os continentes no período em que se gestava o
trevoso Concílio Vaticano II para se irmanarem "nesse pacto" que
consiste na cenoura de burro: "por uma Igreja pobre e servidora". Um
mero flatus vocis, ou, em resumo de mesa de bar, "um peido pela
boca" repetido por um monte de bobocas que esquecem o óbvio: para ajudar a
alguém, você tem de ter algo que esta pessoa não possui. Logo, para dar você
tem que ter. Criaram até um símbolo: um anel feito de tucum. Segundo eles, era
para demonstrar a humildade! Mas dizer-se humilde não é uma atitude de não
humildade?
Criada a CNBB, ficou mais fácil fazer a articulação entre os
"bispos humildes" e certos "padres de passeata". É claro
que nem todos os bispos, desde a criação desse troço até hoje eram/acintiam com
o que os dons helderes pensavam. Mas, por questão de polidez, para não ferir os
brios de ninguém, para não confundir os fiéis, se filiaram a estes sacerdotes
celerados, dando assim um ar de oficialidade ao departamento petista para
assuntos "espirituais".
Ao valer-me do vocábulo celerado, não me creiam hiperbólico
nem muito menos difamador. O termo vai na sua mais precisa acepção psiquiátrica
mesmo. Sem temer ser alcunhado de "Alienista" abilolado, à la Simão
Bacamarte, duvido da sanidade mental de quem não veja insanidade em um sujeito
que se diz católico e "reescreve" o Pai-Nosso, onde expressa suas parafilias,
como o "frei" Betto, para quem Deus é pai no céu, mãe na terra e
ambos praticariam um ménage à trois, servindo de oráculos para as
formiguinhas do seu jardim. Toda editora e livraria católicas que publicassem
ou vendessem livros deste maluco deveriam sofrer penas canônicas.
Ele não é o único da "gang" que é doidinho de
pedra.
Peguemos o mais famoso deles, Dom Helder Câmara. Helder
Câmara foi "integralista", Padre, Bispo, comunista, demagogo e tinha
pendores poéticos. Sua poesia é, podemos dizer piromaníaca. Uma das suas
carbonárias estrofes diz: "Sonhei que o Papa enlouquecia/E ele mesmo
ateava fogo ao Vaticano/E à Basílica de São Pedro. Loucura sagrada!" Um
Papa louco? Um Papa clown de Shakespeare? Loucura há. Loucura utilizada
com método científico para desorientar o rebanho católico.
Assim caro leitor católico, quando o padre de vossa
paróquia, em vésperas de eleição, vier com evasivas e diversionismos e ficar
cheio de cuidados, de arrodeios, teorizar muito para responder se um católico
pode votar em pessoas ou partidos que defendam valores anti-católicos, com
certeza apodítica você estará diante de um traidor, pois: "Seja, porém,
o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência
maligna (Mateus 5:37).
Apesar de tudo fiquemos felizes, aquela felicidade católica;
aquela que está "lá", tendo a certeza de que as coisas que
"cá" acontecem são o cumprimento das profecias! "Stat Crux
dum volvitur orbis"! Viva Cristo Rei! Salve Maria!
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