Publiquei, há algum tempo, um post intitulado Por que a Academia adota a Evolução?. Nele descrevo as razões mais torpes de grandes cientistas e pensadores para acreditarem na "teoria" da evolução. Mas nem sempre estes homens são tão francos. Há os que enfeitam seus discursos com palavras menos torpes e mais enganosas. Abaixo transcrevo um pequeno texto escrito por Stephen Jay Gould e a resposta a ele, dada por David Berlinsk, nas páginas 293 e 294 de seu livro Black Mischief.
Diz Gould: Chimpanzés e gorilas têm sido, há tempos, o campo de batalha de nossa busca por exclusividade, pois se pudermos estabelecer uma distinção inequívoca -- de espécie, não de grau -- entre nós e nossos parentes próximos, podemos encontrar a tão ansiada justificação para a nossa arrogância cósmica. As pessoas educadas aceitam, atualmente, a continuidade evolucionária entre humanos e macacos. Mas estamos tão apegados à nossa herança filosófica e religiosa que ainda procuramos um critério para uma divisão clara entre nossas habilidades e as dos chimpanzés.
Antes da resposta de Berlinsky, duas observações: que vê distinção entre macaco e homem, não é um homem de bom senso; é, segundo Gould, um arrogante cósmico. Outra coisa, a barreira que os homens, aqueles que não são educados, têm para não ver a realidade de nosso parentesco extremo com os macacos é a Filosofia e a Religião que herdamos: ou seja, a filosofia platonica-aristotélica-tomista e a religião Católica.
Bem, agora vamos à resposta de Berlinsky:
Nenhuma distinção em espécie, mas em grau, entre nós e os chimpanzés? Nenhuma distinção? Sério, pessoal? Eis um simples teste operacional: Os chimpanzés são os que estão invariavelmente atrás das grades de suas jaulas. Lá eles se sentam, mastigando solenemente bananas, catando piolhos, andando em círculos, chupando balinhas, esperando o início dos experimentos. Nenhuma distinção? Chimpanzés não podem ler ou escrever; não pintam ou compõem música, ou entendem matemática; não formam comunidades reais, apenas tribos andarilhas sem coesão; não toma refeição e não cozinham; não há registro de suas realizações; acima do puramente superficial, eles mostram pouca curiosidade; nascem, vivem, sofrem e morrem.
Nenhuma distinção? Nenhuma espécie do reino animal se organiza de modo complexo, denso e difícil como é típico das sociedades humanas. Não há algo parecido como uma cultura animal; animais não assume compromisso e não podem contar; não há nenhum traço, no reino animal, de virtualmente nenhuma das poderosas e mal compreendidas capacidades e propriedades da mente humana; em toda a história, nenhum animal contemplou o céu noturno em desconcertado e respeitoso assombro. Os chimpanzés são criaturas estáticas, solenemente ciscando por comida com seus pauzinhos, inspecionando um ao outro a procura de pulgas. Sim, eles são pacíficos se alimentados, e olhando para seus ingênuos olhos castanhos pode-se ver sinais de um grito biológico universal (uma bela manobra que envolve ouvir o que se vê), mas, e daí?
Pois é, e daí? Daí que hoje vivemos um grande dilema: a maior ignorância está na mente dos maiores "intelectuais", professores e cientistas. Este é hoje o dilema do homem comum.
São Patrício, rogai por nós!
4 comentários:
É, hoje em dia é assim mesmo: a maioria dos que se dizem intelectuais afirmam que sua inteligência provém do fato de que negam a existência de DEUS. Tristes tempos.
Eis a face da religião panteísta que tanto o Professor Orlando Fedeli nos alertou. Aliás, não só no campo da biologia com o dogma do evolucionismo vemos essa loucura. Na astronomia também, que virou um tipo de hinduísmo, onde o universo ou ganhou um ar de Braman - deus impessoal, que se confunde com a criação - ou com uma ilusão virtual, como o conceito de maya, a roda karmica da dor e da ilusão, ou seja gnose. Santo Alberto Magno e Santa Hildegarda, rogai por nós e nos proteja dessa loucura!
E já que o Professor mencionou São Patrício, aqui tem um texto sobre o Santo de autoria do grande Hilarie Belloc:
http://oldthunderbelloc.blogspot.in/2014/03/st-patrick.html?m=1
Sr. Angueth,
Algo que me passou a ocorrer recentemente, sempre que penso na chamada "teoria da evolução": não sabemos o que é uma simples célula. Quero dizer: podemos até ter uma certa noção da estrututa, das organelas, do mecanismo genético, etc. Aquilo que se aprende da aula de biologia. Mesmo assim, creio que nenhum cientista, mesmo ateu, discordaria de mim se eu dissesse que a nossa ignorãncia sobre o funcionamento de uma simples célula é ainda enorme, inimaginável. Podemos portanto dizer, com segurança: não sabemos o que é uma célula.
Se não sabemos o que é uma célula, sabemos menos ainda o que é um homem.
Então: se não sabemos nem o que é um, nem o que é outro, com que autoridade dizemos que se pode ir de um a outro através de um simples mecanismo de mutação-hereditariedade-seleção? Ora, para dizer que uma coisa se tansforma em outra, é preciso saber o que é uma, e saber o que é outra. Mas não se sabe nem o que é uma célula e muito menos o que é um homem! Não obstante, dizem por aí que é uma verdade cabalmente comprovada que o homem veio de uma célula! Sei! Como dizem isso, se não sabem nem o que é uma célula? E muito menos o que é um homem?
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